Gasolina de alta octanagem: vale a pena pagar a mais?
Gasolinas de alta octanagem, mais caras, aumentam potência, mas sobretudo em carros importados de alto desempenho
Em se tratando de automóveis, como em quase tudo na vida, razão e emoção devem ser pesados na balança na hora gastar dinheiro. A pendência da balança varia de pessoa para pessoa, e isso pode ser estendido até para o consumo de combustível.
Por 15 anos, somente a Petrobras vendia gasolina de alta octanagem (premium), a Podium. De quatro anos para cá, entraram no mercado a Octapro, da Ipiranga, e depois e a V-Power Racing, da Shell.
Essas gasolinas têm 103 octanas (padrão RON), contra 93 das gasolinas comum e aditivada (que nada mais é que a comum com acréscimo de um detergente/dispersante que evita a formação de depósitos carboníferos no motor.) Não são encontradas em todos os postos, mas as petroleiras têm as listas em seus sites.
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A octanagem indica a capacidade dos combustíveis de resistir a altas temperatura e pressão na câmara de combustão do motor antes de o sistema de ignição disparar a faísca da vela, ou seja, antes de detonar.
Quanto maior a resistência à detonação, melhor o desempenho do veículo, e isso se verifica sobretudo em motores de alta compressão.
Quem teria esses motores de alta compressão, para os quais se recomenda o uso de gasolina premium? Os carros importados de alto rendimento, Porsches, Ferraris, e modelos top de linha de BMWs, Audis e Mercedes da vida.
Se você tem um carro ‘comum’, como os 1.0 que já responderam por mais da metade da frota nacional, provavelmente ele vai ter um ganho quase imperceptível de potência com gasolina premium.
Em um carro com motor turbo, como todos os fabricantes nacionais têm em seus portfólios atualmente, certamente vai haver um ganho de potência mais notável, e até economia de combustível.
Mas aí entra o tal jogo razão/emoção, que aqui pode se chamar custo/benefício. Vale a pena pagar cerca de 20% a mais na gasolina que já está cara para obter pequenos ganhos, no caso da maioria dos mortais? No dia a dia certamente não, uns litrinhos uma vez na vida, sim.
Por outro lado, para quem tem um carro com motor de alta compressão, um Audi RS, uma Mercedes AMG, passa a ser um pecado capital – a avareza – não usar gasolina de alta octanagem.
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Fonte: ICarros
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